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Justiça reconhece direito à cobrança de dívida atrasada em compra de fazenda de soja

Negócio ocorreu há uma década e comprador deixou de pagar dívida em 2013 sob a alegação de que o imóvel tinha ônus na matrícula. Para juízo especializado, “ninguém pode exigir o cumprimento de uma obrigação sem antes cumprir com a sua parte”

O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul reconheceu o direito de um produtor rural de executar judicialmente uma dívida oriunda de contrato de venda.

A ação, milionária, é referente à venda de uma fazenda de soja de quase 5 mil hectares em Brasnorte (MT), ocorrida há dez anos, e foi realizada entre dois empresários rurais do município de Maracaju (MS).

A negociação, iniciada em 2011, envolveu a venda da propriedade por quantia equivalente a 71 mil sacas de soja. De acordo com o contrato, o pagamento seria realizado em cinco prestações, com uma entrada mais quatro parcelas anuais, baseadas no valor da saca de soja na região.

Após pagar as duas primeiras parcelas, o comprador, que já estava na posse do imóvel, interrompeu a quitação dos valores, alegando que o proprietário anterior deveria providenciar o levantamento de hipotecas e penhoras que estavam averbadas na matrícula do imóvel.

Com a inadimplência, o vendedor, em 2018, ajuizou ação de execução, mas o comprador embargou o processo, sustentando a nulidade do mesmo, em razão do título não ser exigível, uma vez que o antigo proprietário não teria cumprido com sua parte no contrato, como, por exemplo, desonerar a matrícula do imóvel alienado.

O juiz de primeira instância aceitou os argumentos expostos pelo comprador e extinguiu o processo de execução, fundamentando sua sentença na teoria de que ninguém pode exigir o cumprimento de uma obrigação sem antes cumprir com a sua parte, condição que o vendedor, segundo o magistrado, deveria ter demonstrado logo no ajuizamento da demanda judicial.

Contudo, o vendedor, que foi representado pelo advogado Coraldino Sanches Filho, recorreu ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) e, ao apreciarem o recurso, os desembargadores que participaram do julgamento reformaram a sentença do juiz de primeira instância e julgaram improcedentes os embargos à execução. Com a decisão do Tribunal, a execução da dívida deverá ser corrigida e acrescida de juros desde o inadimplemento de cada prestação, e terá imediato prosseguimento na primeira instância.

A bem-sucedida defesa do antigo proprietário do imóvel defendeu a segurança jurídica do contrato, sob a tese de que “a condição imposta pelo comprador e acatada pelo juiz, correspondente ao levantamento das restrições que recaiam sobre a fazenda, não se tratava de uma obrigação simultânea aos pagamentos, mas sim sucessiva, já que as próprias partes haviam convencionado no contrato que o desembaraço do imóvel seria realizado com os recursos provenientes da sua venda. E essa sucessividade, sob uma perspectiva técnica-jurídica, não legitima a imposição da teoria da exceção do contrato não cumprido ao caso concreto, cuja aplicação se restringe às obrigações simultâneas”, registrou o advogado.

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Comissão lança Cartilha sobre Direitos dos Idosos

Em comemoração ao Dia dos Avós, a Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), lançou, nesta segunda-feira (26), Cartilha sobre Direitos dos Idosos.

Segundo a Presidente da Comissão Liliam Veronese, o material traz os direitos, leis e outras informações para as pessoas idosas. “Durante a pandemia sentimos a necessidade de informar e divulgar a sociedade sobre diversos assuntos, envolvendo os idosos. Além disso, recebemos várias demandas sobre o assunto. Nós, como operadores do direito, temos o dever de informar e ajudar a preservar a dignidade das pessoas idosas. Realizamos um trabalho com muito carinho, e em parceria com os membros da Comissão e duas colaboradoras que trabalham e militam na causa da pessoa idosa. É o nosso presente para todos os avós de Mato Grosso do Sul“. 

A cartilha trata dos tipos de violências, violações de direitos mais denunciadas, como se prevenir dos golpes, ordem cronológica das leis mais importantes que envolvem a pessoa idosa, o que é BPC, quem tem direito, o que é o CRAS, sobre os idosos que encontram-se encarcerados, ABRAZ, estelionato senil e contatos úteis. 

Participaram do lançamento da cartilha a Secretária-Adjunta da OAB/MS Eclair Nantes, Vice-Presidente da Comissão dos Direitos dos Idosos Rita Luz, Secretária-Geral da Comissão de Direitos dos Idosos Silmara Félix, membro da Comissão e Diretor-Jurídico da Associação Brasileira de Alzheimer de Mato Grosso do Sul Nelson Passos Alfonso, Terapeuta Ocupacional Arleia Ribeiro e a Comunicadora Inclusiva Liliana de Matos Rodrigues.  

Acesse aqui a cartilha.

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Divulgado resultado definitivo da 1ª fase do XXXII Exame de Ordem Unificado

A OAB Nacional, por meio da Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado, divulgou nesta quarta-feira (14) o resultado definitivo da 1ª fase (prova objetiva) do XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU).

A lista divulga os nomes dos aprovados em ordem alfabética por Seccional, cidade de prova e número de inscrição. Os candidatos aprovados nesta fase e os que pediram reaproveitamento da 1ª fase do XXXI Exame de Ordem Unificado realizarão a prova prático-profissional (2ª fase) no dia 8 de agosto de 2021.

A aprovação no Exame de Ordem Unificado é requisito para a inscrição nos quadros da OAB como advogado. O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Poderão realizá-lo os estudantes de direito do último ano do curso de graduação em direito ou dos dois últimos semestres.

Resultado Definitivo (após recursos) – Prova Objetiva (1ª fase)

Consulta individual – Resultado Definitivo – Prova Objetiva (1ª fase)

Respostas aos recursos interpostos contra o resultado preliminar da prova objetiva

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CAAMS oferece 3ª oportunidade de vacinação contra a Influenza na Capital

Após o ‘Dia D’ realizado por meio da Campanha de Vacinação contra a Influenza (H1N1) e repescagem alguns dias depois, a Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso do Sul (CAAMS) oferece uma terceira oportunidade para garantir a imunização da classe, ampliando os efeitos da Portaria CAAAMS N.º 005/ 2021/Presidência CAAMS/JUR, de 23 de abril de 2021. Serão oferecidas mais 200 doses da vacina.

A vacinação desta vez será em Campo Grande a partir desta quarta-feira (30), diretamente na empresa Imunocenter, localizada na Rua Doutor Michel Scaff nº 53, bairro Chácara Cachoeira. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 07h às 18h e aos sábados das 8h às 12h.

Antes, profissionais interessados devem retirar pessoalmente o voucher de autorização no setor de Assistência Social da CAAMS, que fica na Avenida Mato Grosso, 4700, Carandá Bosque. Lá, o atendimento é de segunda a sexta-feira somente pela manhã, entre 7h15 e11h30 e na segunda-feira e quinta-feira à tarde, das 14h às 17h50. O voucher terá validade por 30 dias após a sua retirada.

Podem se vacinar Advogados, Advogadas, Estagiários e Estagiárias adimplentes com as Tesourarias da OAB/MS (parcelas de anuidades e multas) e da CAAMS (prestações do plano de saúde) até a data de 31/12/2020, sendo permitido o ato vacinal também para os profissionais em trânsito pela capital.

Advogados, Advogadas, Estagiários e Estagiárias inadimplentes e dependentes também poderão se vacinar pelo valor de R$ 85,00 a dose, conforme valor ofertado pela empresa responsável pelo ato vacinal. O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartão ou PIX.

Os jovens advogados que recentemente obtiveram a carteira da OAB/MS, podem se vacinar gratuitamente. Mais informações podem ser obtidas na CAAMS pelo telefone (67) 3318-4800.

A validade desta campanha será enquanto durar o estoque das (200) vacinas disponíveis.

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Programas de crédito são atrativos para empreendedores durante a pandemia, mas especialista alerta para riscos

Empréstimo com juro baixo e facilidade no pagamento pode garantir alívio aos empresários

Medidas restritivas de combate à Covid-19, como toque de recolher, isolamento social e em alguns casos o lockdown (fechamento de cidades), tem causado insegurança aos empresários neste mais de um ano de pandemia. Empresas não conseguiram superar a crise e outras, que ainda sobrevivem, buscam meios para continuar operando em um cenário de incertezas e de dificuldades econômicas. 

A redução no faturamento tem sido uma das principais causas do fechamento das portas, em especial para os micro e pequenos empresários, e os empreendedores tem buscado auxílio em instituições financeiras para manter o capital de giro e pagar despesas e salários. Bancos públicos e privados tem apresentado programas de recuperação econômica e promoção de crédito com taxas atrativas e o próprio Governo Federal, através do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), pretende injetar bilhões em crédito para aquecer a economia.

Juros atrativos, prazo estendido e carência para o pagamento do empréstimo tem despertado o interesse dos empresários neste momento de crise, mas especialistas alertam para a cautela no momento da decisão de tomada de crédito. 

Podem adquirir empréstimos através do Pronampe: MEI (Microempreendedor Individual) com faturamento de até R$ 81 mil por ano; Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil anuais; e Pequenas empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões. A taxa de juros segue a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e com prazo de até 48 meses para o pagamento.

O programa oferece ainda a possibilidade para a aquisição de até 30% da receita bruta anual ou, em caso de empresas com menos de um ano de atividade, 50% do capital social ou 30% da média de seu faturamento mensal. 

Para o advogado e especialista em crédito, Donato Souza, o programa oferece um alívio econômico aos empresários neste momento de crise, mas é preciso se organizar para tomar o crédito para que a ajuda não se torne uma dívida ainda maior para a empresa.

“Os efeitos da pandemia vão se prolongar por muito tempo e teremos uma legislação extremamente benéfica na concessão de crédito. O que orientamos é fazer uma análise da tomada de crédito e o custo. Porque se o empresário não se atentar para o sistema de amortização que o banco está oferecendo, ele não vai conseguir mensurar o quanto daquilo que paga por mês na parcela são juros e quanto é capital. Então, em alguns casos, sim, ele consegue fazer uma boa gestão do endividamento e pegar este novo capital de giro e transformar em recurso de geração de riqueza para a empresa.  (Em outros casos) Há empresas em que a nossa orientação é nem tomar o crédito, porque ela só vai se tornar mais endividada”, explica Souza.

Dentre as análises necessárias para a tomada de crédito, o advogado explica que é fundamental estudar as taxas de operação ofertadas por cada uma das instituições financeiras credenciadas para operar o Pronampe. 

“O Pronampe é do Governo Federal, transformado em lei. Como o banco é intermediador, ele coloca uma taxa de intermediação para captar o recurso, por exemplo, 20% da operação. O empresário tem que ficar muito atento, pois a taxa de juros do Pronampe é realmente muito atrativa se comparado com o histórico de juros no Brasil, porém, se o contrato estiver vinculado com um índice de atualização monetária muito agressivo, ele vai descaracterizar todo o benefício. Logo o tomador de crédito tem que perceber qual a taxa que o governo está cobrando, hoje, por exemplo, de 3,80%, e qual a taxa do banco intermediador e se há uma atualização monetária vinculada a este contrato. Com a Selic muito baixa, percebe-se que os bancos estão se usando de atualizações monetárias em contratos que a legislação não prevê” alerta Donato Souza.

Outra facilidade oferecida pelo Pronampe é que o crédito pode ser utilizado de acordo com a conveniência do empresário, no pagamento de salários, contas fixas, investimento e outros. Com o valor em caixa, o especialista em crédito explica que é importante pensar nas mudanças estruturais da empresa forçadas pela pandemia e em como utilizar melhor este recurso.

“O não fechamento (do negócio) depende de um olhar da viabilidade da empresa. Se a empresa tem endividamento antigo, é direito fazer a mudança por com uma taxa de juros mais barata ou até mesmo fazer uma troca de endividamento de um banco para outro, tudo isso é previsto em legislação. Por outro lado, pode pedir a redução do pagamento da parcela, pedir a suspensão pelo tempo que o laudo técnico afirmar que é necessário e, em caso extremo, pedir a rescisão do contrato sem ônus”, alerta. 

Foto: Casa Civil/Governo Federal

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Comissão e Laboratório de Inovação realizam 1º treinamento sobre implementação da LGPD na OAB/MS

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no ano passado,  alterou a rotina de muitas empresas e organizações. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), começou as adequações desde então e agora realiza treinamentos com os colaboradores da Capital e Interior. 

Cerca de 100 colaboradores participaram, na última quinta-feira (28), do Treinamento de conscientização via Zoom, com a Presidente da Comissão de LGPD Giuliana Gattass e a Coordenadora-Geral do Laboratório de Inovação e Tecnologia da OAB/MS (Litech) Dayane Lupoli. 

O Presidente da OAB/MS Mansour Elias Karmouche fez a abertura parabenizando às colegas pela iniciativa. “Agradeço aqui a Presidente de LGPD Giuliana Gattass e a Coordenadora-Geral do Litech Dayane Lupoli pela organização deste curso e aos nossos colaboradores por participaram deste evento. Estamos iniciando, talvez de forma inédita dentre as Seccionais da OAB, neste que é um dos passos mais importantes na nossa instituição. A OAB, desde a implantação, tem lidado com os parâmetros dentro da LGPD. Os colaboradores lidam diariamente com dados sensíveis e precisam entender e saber tratar com a LGPD, para ter uma conduta cautelosa e segura diante desse novo momento”. 

O principal objetivo da LGPD é garantir o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais de todos os usuários. Por isso, a importância de adequar as práticas e políticas internas com os procedimentos, segurança da informação e proteção de dados.

A Coordenadora do Litech Dayane Lupoli trouxe informações sobre a LGPD e explicou  que  “a conscientização da equipe sobre a  responsabilidade no tratamento dos dados pessoais é importante para o sucesso do programa de proteção de dados. Iniciar pelas pessoas é estabelecer confiança e engajamento para as ações futuras” de implementação”. 

Segundo a Presidente da Comissão Giuliana Gattass, o curso oferece capacitação aos colaboradores que lidam diariamente com os dados da advocacia. “A LGPD não é  só para empresas, mas também para os escritórios de advocacia, para OAB e para todos aqueles que tratam dados com fins econômicos. Esse treinamento é de suma importância, é o primeiro passo para que a nossa OAB/MS, que já é uma referência nacional em tecnologia e inovação, seja também em proteção de dados e segurança da informação”.

As sanções da LGPD começarão a valer a partir do dia 1º de agosto de 2021.

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Prerrogativas em ação: Comissão da OAB/MS atua em prol da advocacia

Conjunto de direitos que garante à advocacia exercer a defesa plena de todo cidadão, com independência e autonomia. A Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) faz valer as prerrogativas previstas na Lei n° 8.906/94 assegurando o amplo direito de defesa e orientando os profissionais sul-mato-grossenses. 

A OAB/MS sempre atenta à defesa da dignidade e valorização do exercício da advocacia, tem recorrido ao Judiciário para buscar a correção de atos praticados em afronta ao livre exercício profissional.

Para o Presidente da OAB/MS Mansour Elias Karmouche, a violação de prerrogativas é intolerável em qualquer circunstância. “Reagiremos de forma enérgica quando houver qualquer tipo de violação de prerrogativas para restabelecer a dignidade da advocacia”. 

A Presidente da CDA, Silmara Salamaia, ressalta que as prerrogativas, embora pareçam se tratar de direitos voltados ao advogado, trata-se de instrumento de proteção da própria cidadania, uma vez que asseguram o equilíbrio de forças entre a acusação e a defesa, entre o estado e o cidadão.

Em um mandado de segurança – cuja segurança foi deferida – houve o cancelamento de multa imputada ao advogado por litigância de má-fé. A autoridade, Juiz Federal, entendeu que a defesa apresentou afirmações divorciadas da verdade.

Em outro caso, por meio de Habeas Corpus, obteve-se êxito no trancamento de inquérito policial instaurado contra advogado em razão da comunicação de violação de prerrogativas a sua entidade. 

Outros três mandados de segurança foram impetrados recentemente. Desses, dois são em razão de portaria expedida por Delegados de Polícia do interior, limitando o horário para a entrada de advogados nas Delegacias. Em um dos casos, exigindo, inclusive, o acautelamento dos celulares e chaves dos defensores.

Nesta semana, a CDA impetrou mais um mandado de segurança em razão de multa aplicada a advogado por suposto abandono do Júri, condenando-o, ainda, nas despesas do adiamento da sessão.

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Em meio à pandemia, pré-candidatos à OAB/MS investem em reuniões virtuais com advogados

As eleições para a nova diretoria da Seccional da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), do próximo triênio, ocorrem em novembro deste ano e três pré-candidatos já declararam que almejam à presidência da entidade e é neste momento, denominado de pré-campanha, que os postulantes tentam se reunir com os quase 16 mil advogados do Estado. O objetivo é apresentar seu o perfil e ouvir da classe demandas e sugestões que podem ser somadas ao plano de gestão. Porém, a dinâmica para estas eleições está diferente. 

Com as regras de biossegurança implementadas devido à pandemia da Covid-19 que assola o mundo desde 2020, as reuniões de pré-campanha, que antes eram realizadas por segmento e de forma presencial, tornaram-se virtuais. Plataformas como Zoom e Google Meet se tornaram indispensáveis aos pré-candidatos e, de certa forma, expandiram o alcance de suas falas. 

O Sala de Justiça entrou em contato com os três pré-candidatos, Luís Cláudio Alves Pereira, conhecido como Bito Pereira, Giselle Marques e Rachel Magrini, para ouvir como estão sentindo as mudanças na dinâmica das reuniões e qual a avaliação eles fazem sobre o cenário. A advogada Rachel Magrini não retornou.

Para Bito Pereira, apesar do distanciamento físico provocado pela pandemia, as ferramentas tecnológicas estão sendo fundamentais para a pré-campanha e a avaliação é extremamente positiva.

“Este período é exatamente para isso, ouvir a advocacia. Considerando o atual momento em que vivemos (pandemia), as ferramentas virtuais tem sido, sim, uma forma de dialogar e ouvir a advocacia. Seja através do Zoom, Whatsapp ou (Google) Meets. Todas essas ferramentas tecnológicas possibilitam a conversa e o diálogo por meios virtuais. É uma forma de aproximar os advogados e possibilitar o debate e o diálogo neste período de pandemia. É uma ferramenta eficaz neste momento de pré-candidaturas”, avaliou Bito.

Na avaliação da pré-candidata Giselle Marques é fundamental o investimento em reuniões virtuais neste momento de crise, mas ela acredita que reuniões presenciais oferecem um melhor resultado. 

“A reunião virtual não oferece os mesmos resultados que a presencial. É um contato mais objetivo, porém mais frio. Mas é extremamente necessário investir nas reuniões virtuais devido à conjuntura do país, que atingiu o número macabro de 500 mil vidas perdidas. Não podemos deixar de registrar as falhas na gestão da pandemia pelo Governo Federal, já que desde agosto de 2020 a Pfizer já vinha oferecendo as vacinas ao Brasil, sem nenhuma resposta. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas se tivéssemos maior eficiência nessa gestão. A atual diretoria da OAB/MS não faz qualquer tipo de crítica à omissão do governo na aquisição das vacinas, o que é lamentável, pois o direito à vida está proclamado no caput do artigo 5º da Constituição Federal como inviolável, e, dentre os fundamentos da República Federativa do Brasil”.

Mas, apesar das divergências para o modelo de gestão da OAB/MS, Bito e Giselle concordam que este novo modelo de pré-campanha virtual tem sido bem recebido pelos advogados de Mato Grosso do Sul e sobre as reuniões presenciais a pré-candidata destaca que, quando ocorrem, elas seguem todos os protocolos de biossegurança estabelecidos pelas organizações de Saúde. “As visitas nos escritórios acontecem com o número máximo de seis pessoas, distanciamento pessoal, uso de máscaras e álcool gel”, explicou Giselle.

Registro de umas das reuniões da pré-candidata Rachel Magrini com advogados do MS. (Foto: Divulgação).

Os dois pré-candidatos também se posicionaram sobre a atuação e atendimento da OAB/MS neste modelo virtual e neste ponto há divergência. 

“Infelizmente, não conseguimos identificar ações da OAB/MS para acolher as advogadas e advogados no contexto da pandemia provocada pelo vírus da Covid-19. O movimento Pela OAB que Queremos protocolou um pedido nas mãos do Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Rezende, para que os advogados sejam inseridos dentre os grupos prioritários. Mas a OAB/MS não apoia essa priorização, ignorando o fato de que a advocacia tem sido extremamente exposta ao vírus, visto que os Tribunais continuaram com processos tramitando e prazos fluindo, e em razão disto foi transmitido o ônus da atividade judiciária para os escritórios de advocacia. Isto sem falar nos advogados criminalistas, que frequentam delegacias e presídios. Entre os trabalhistas, a situação é igualmente grave, tendo em vista que seus clientes muitas vezes são pessoas humildes e não possuem acesso à tecnologia.  No caso das audiências que atualmente ocorrem por videochamada, estes advogados se vêm obrigados a receber em seus escritórios as partes, testemunhas e muitas vezes respectivos acompanhantes colocando assim em risco a saúde. O site da OAB virou um obituário, com grande número de advogados mortos. Mas a OAB/MS poderia ser mais atuante para tentar modificar essa triste realidade”, afirmou Giselle.

Na avaliação de Bito, a Seccional Mato Grosso do Sul tem trabalhado à favor do advogado. “No cenário de pandemia e pós-pandemia, acredito que a OAB/MS fez e continua fazendo um bom trabalho para acolher o advogado e advogada neste modelo virtual à distância. No período pós-pandemia, depois que toda a população estiver vacinada, haverá a retomada de todos os serviços presenciais a OAB/MS deve lutar para a retomada dos serviços presenciais do Poder Judiciário, sempre seguindo as regras de biossegurança”, pontuou.

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Diretoras de Comissão da OAB/MS são nomeadas Conselheiras Municipais de Segurança Pública

Edição do Diogrande desta segunda-feira (21) traz a nomeação das Advogadas Claudia Elaine Novaes Assumpção Paniago e Maria Isabela Saldanha como membros do Conselho Municipal de Segurança Pública de Campo Grande (Comsep) para o Biênio 2021/2022 .

As duas atuam como Presidente e Vice-Presidente, respectivamente, da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), e representam a instituição no Conselho, vinculado à Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes).

Nomeada Titular, Claudia Paniago avalia que o enfrentamento à violência depende de uma gestão eficiente. “Atualmente, contamos com uma estrutura adequada, composta pela instituição do Conselho Municipal de Segurança Pública, adoção do Plano Municipal de Segurança Pública e criação do Fundo Municipal de Segurança Pública. A instituição do Comsep que tem caráter consultivo e opinativo, tem se mostrado como uma ferramenta relevante, discutindo e propondo ações e medidas voltadas à prevenção da violência e combate à criminalidade de modo integrado e participativo”.

De acordo com Paniago, fruto dessa experiência participativa, o Plano Municipal de Segurança Pública que se encontra já na Fase IV (Revisão), o qual possibilita maior interação da comunidade com a Guarda Civil Metropolitana e autoridades públicas de diversas áreas afins, além da definição de prioridades que atendam às necessidades das diversas regiões do município.

“Destaco ainda a atuação do Comsep enquanto instância participativa, onde se realiza o controle social da política pública na área de segurança visando aprimorar os instrumentos de prevenção à violência e combate à criminalidade. Os trabalhos também propiciam a integração entre diversos órgãos públicos efetiva articulação com a comunidade, o que traz reflexos positivos na melhoria da qualidade de vida da população”.

Suplente no Comsep, a Advogada Isabela Saldanha frisa que “as escolas criminológicas contemporâneas concordam que a tendência da Segurança Pública é valorizar cada vez mais as instituições de segurança municipais e Campo Grande está acompanhando essa tendência”.

O Comsep estabelece diretrizes e propostas de medidas para a elaboração da política municipal de segurança pública; recebe sugestões da sociedade e desenvolve estudos, debates e pesquisas sobre segurança pública. O conselho objetiva atuar como órgão assessor do poder executivo municipal e cooperar com a elaboração de políticas de prevenção à violência e a criminalidade na Capital.

A Lei nº 6.079 de 2018 que institui o Comsep também determina que a execução de ações e troca de experiências com a comunidade, de forma a garantir os direitos fundamentais dos cidadãos como educação, saúde, transporte, moradia e segurança.

Conselho Estadual

No dia 21 de julho do ano passado, Claudia Paniago e Isabela Saldanha também tomaram posse como titular e suplente no Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (CONESP/MS) que tem finalidade de apoiar os órgãos e entidades estaduais na formulação, implantação, monitoramento e avaliação das políticas públicas nas áreas de segurança pública e defesa social.

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Comissão de Defesa e Estudos Estratégicos promove evento para debater atuação das Forças Armadas

A Comissão de Assuntos de Defesa e Estudos Estratégicos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), promove no próximo dia 18 de junho, o evento ‘Forças Armadas: Instituição do Estado Democrático de Direito – uma conversa entre o General Santos Cruz e o cientista político Pedro Castelo Branco.O evento começa às 18h, no canal no Youtube do Laboratório de Estudos Políticos de Defesa e Segurança Pública.O debate será mediado pelo Professor Lier Pires Ferreira e terá como debatedor o Presidente da Comissão realizadora Marco Antonio Barbosa.

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